Qual a razão porque um determinado cantor consegue levar o público a estados emocionais extremamente intensos, enquanto outro, porventura com características vocais e técnicas semelhantes, o deixa mais ou menos indiferente?
Partindo da função da Emoção na génese das manifestações artísticas do Homem, o autor faz uma análise exaustiva desta componente primordial da natureza humana, sob os pontos de vista da Filosofia, da Psicologia e da Neurologia, para chegar às suas marcas na emissão da voz.
As conclusões aqui apresentadas, baseadas na investigação produzida para a sua tese de doutoramento, permitem conhecer mais de perto a emoção e o seu papel na nossa vida diária e no modo como nos relacionamos com os outros, em particular através da voz.
Doutorado em Música pela Universidade de Aveiro, estudou Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Música no Conservatório Nacional, na Escola Superior de Música de Lisboa, na Escola Superior de Música do Porto, e na Accademia Verdiana, em Busseto.
Trabalhou sob a orientação de alguns dos maiores mestres da arte lírica do séc. XX, como Gino Bechi, Carlo Bergonzi, Ettore Campogallianni, Lola Aragón, Marimi del Pozo, Alfredo Kraus, Regina Resznick.
Dedica-se ao ensino e à investigação científica, tanto no campo da técnica vocal como da expressão vocal de estados emocionais.
Convidado a ensinar desde 1991 em várias escolas de Lisboa, é professor do Conservatório Nacional desde 1996.