Desde os primórdios da Humanidade, sendo ainda dominantes, as comunidades monofamiliares e tribais originárias do mesmo tronco hereditário comum, em vias de extinção, baseiam o relacionamento entre si em relações humanas de cooperação solidária e de complementaridade de aptidões e de competências individuais, garantes da coesão social, que caracteriza qualquer comunidade humana algo civilizada.
Em determinados momentos da História humana, tribos originárias de troncos hereditários diferentes entraram em conflito pela disputa do território que cada uma ocupava, bem como dos recursos de subsistência naturais que nesses territórios existiam. Do resultado dessas lutas, a tribo vencedora reduzia os vencidos à condição de escravos absolutos ou de animais domésticos, tendo surgido o primeiro conceito de Estado organizado - o Estado esclavagista. No entanto, em consequência de frequentes e violentas revoltas dos escravos contra os esclavagistas, estes foram concedendo direitos legítimos aos escravos, dando origem ao Feudalismo e ao Capitalismo, no entanto esses progressos sociais nunca excluíam a segregação social. Perante este quadro socialmente discriminatório, filósofos da Grécia Antiga conceberam um modelo de organização socioeconómico e político, que pusesse termo às referidas desigualdades sociais, designado por Democracia, definido nos seguintes termos: Democracia de um povo é o governo desse povo ser eleito pelo voto pessoal, livre e direto de todas as pessoas responsáveis desse mesmo povo, para o bem comum (sem excluir quem quer que seja). É evidente que neste conceito não têm cabimento relações humanas de competição, nem a existência de corporações de interesses específicos, típicos de uma relação de competição, violadora do conceito de Democracia, como são os partidos políticos. E assim, ainda atualmente se subverte o conceito de democracia, em nome da própria Democracia.
Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras, pela Universidade Técnica de Lisboa, iniciou a sua atividade profissional como professor do Ensino Técnico Profissional, donde transitou para o Ministério da Economia, na qualidade de Técnico Economista. Posteriormente, mudou-se para o Grupo Económico C.U.F. - Companhia União Fabril, na qualidade de um dos seus gestores, onde esteve durante trinta e dois anos, tendo acumulado funções temporariamente como empresário por conta própria. Foi Delegado de Portugal na EFTA - Associação Europeia do Comércio Livre, em representação do setor industrial de tapeçarias nacionais, participando em alguns congressos internacionais sobre temas económicos e sociais e publicando na imprensa centenas de artigos de opinião sobre temas socioeconómicos e políticos.