Livro

A erupção de um vulcão sobre uma ilha auspiciosa pode destruir os sonhos mais apaixonados. Contudo, mesmo de um chão de lava e cinzas, abrasador de todas as expetativas, pode sempre renascer a esperança: em forma de uma flor, de novos sentimentos e até com sonhos renovados. Mas serão os sobreviventes capazes de ultrapassar traumas e acreditar nas oportunidades de uma nova vida? E serão eles capazes de ignorar a ameaça latente de um vulcão adormecido?

Ilha e vulcão é o sentido metafórico que se pretende atribuir à vida de cada um, exposta às ameaças eruptivas da fatalidade.

Todos os meus sonhos para ti é uma história de sentimentos, de amizade e amor, de separações e reencontros, de perdas e recobramentos, e também de revelações perturbadoras.

Afastados por tragédias individuais, Ricardo e Maria José reencontram-se anos mais tarde, no momento em que ambos, em circunstâncias de vida absolutamente antagónicas, precisam um do outro. O recobramento para a vida de um pode ser o necessário apaziguamento para o fatídico destino do outro.

É no seio de uma amizade entre Ricardo, Maria José e Clara que se desenvolvem laços de estreita confidencialidade, se ultrapassam obstáculos impeditivos, se promovem reconciliações com a vida, se recuperam sentimentos improváveis, ou se aquieta a alma de quem está de partida.

Todos os meus sonhos para ti aborda ainda a incontornável realidade da doença do cancro e a virtuosa generosidade dos voluntários que, no dia-a-dia, se entregam, incondicionalmente, em benefício daqueles que nela sofrem.

É também uma história que faz um périplo aos vários estados de alma e viaja pelas memórias de cada protagonista, enquanto percorre algumas regiões do país.

 

 

AUTOR

João Carlos Marques       

 Em 2013 publicou o seu primeiro livro, “A infinita procura”.

 Tem 57 anos, 30 deles a trabalhar para o Ministério da Justiça. Com apenas catorze anos de idade, ingressou no mercado de trabalho, prosseguindo os estudos em regime pós-laboral. Um percurso árduo, onde experimentou uma diversidade de profissões que, muito à custa de frustrações e angústias da adolescência, viriam mais tarde a converter-se num manancial de experiências e conhecimentos, muito útil para o seu processo criativo e desenvolvimento pessoal.

Considera-se um indivíduo normal que procura preencher-se com pequenas realizações, tentando sempre superar as metas que diariamente o desafiam — ou para que se vai desafiando. Por regra, não gosta de ficar a ver fazer; uma propensão natural impele-o a meter mãos à obra, seja ela qual for.

“Sou um rio que segue o seu curso, mais ou menos acidentado, procurando engrandecer-me em cada afluente que me chega, ou a que eu possa chegar, que são a família que amo, os amigos que muito estimo, e as iniciativas que vou empreendendo, entre outras: o atletismo, com treinos regulares e participação em provas, desde trails a maratonas; as esculturas em ferro ou pinturas que vou concebendo; o grupo de música tradicional que integro; a dedicação a projetos de voluntariado; e, claro está, o mundo das letras, porque é especialmente lendo e escrevendo que vou exortando o espírito criativo e sonhador que me animam. E quando as minhas águas se quedarem em charco inútil, então terei perdido as referências que me identificam, o ânimo que na vida me traz sorrindo.”

 

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