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1882 marca o ano da chegada do comboio à cidade da Guarda. O caminho-de-ferro da Beira Alta, que fazia a ligação da Figueira da Foz a Vilar Formoso, na fronteira com Espanha, era, nesse ano, inaugurado, dando mais um passo na concretização da tão ansiada ligação ferroviária Lisboa-Paris.

     Nessa viagem inaugural, para além do rei D. Luís, participaram vários membros do governo, incluindo Fontes Pereira de Melo, jornalistas nacionais e internacionais e um variadíssimo leque de pessoas, sendo uma delas o médico Pedro Ruiz.

     O ano de 1882 é assim o culminar da viagem pela vida de Pedro Ruiz, cujas peripécias percorrem o século XIX português. O caminho começa na cidade da Guarda, nos anos conturbados da guerra civil de 1832-34, entre absolutistas e liberais, e onde este viveu até atingir a idade adulta já em plena Regeneração. Ajudado pelos pais e pelo mecenato de um amigo, consegue ir estudar para a Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.

     Em 1867, Pedro Ruiz, já cirurgião no Hospital de São José, cansado e desiludido com a vida na capital decide regressar às suas origens. Uma vez na Guarda, é lá que acaba por reencontrar a alegria pela vida e onde, na noite de São João, conhece Amélia, filha de um rico proprietário agrícola e namorada do seu novo amigo, que ocupa o cargo de governador civil. O resto é a viagem desse romance que se inicia nesse ano de 1867 e que termina abruptamente nesse mesmo ano, com a saída turbulenta de Ruiz para Lisboa.

     Em 1882, aproveitando a inauguração do caminho-de-ferro da Linha da Beira Alta, Ruiz regressa mais uma vez à Guarda sob o pretexto de apenas visitar o seu pai, mas o reencontro ocasional com Amélia leva-o a reatar o amor que ambos tinham descoberto em 1867.

     Mas a história não acaba nesse reencontro. Os ódios de antigamente e as feridas mal saradas, entre liberais e absolutistas, levam a que Ruiz se veja novamente envolvido numa trama que não é a sua e que, desta vez, passa por matar o rei D. Luís.

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AUTOR

Rui Miguel Paiva Pissarra é natural da Guarda, cidade onde nasceu no dia 15 de dezembro de 1971. Fez todo o percurso escolar pré-universitário na cidade da Guarda, nomeadamente no Colégio de São José e Escola Secundária Afonso de Albuquerque. Findo o ensino secundário, prestou serviço militar no Regimento de Infantaria N.º 2 em Abrantes. Após um ano a arejar a cabeça junto ao Tejo, decidiu terminar o ensino secundário e tirar o curso de História.

Licenciou-se assim em História, no ramo educacional, em 1999, pela Universidade Lusíada de Lisboa. O ano de 1999 marcou também o início do seu relacionamento afetivo com a Ana Bela, com quem ainda hoje vive e de cuja relação tem dois filhos, João Pedro e Miguel.

Após a licenciatura, deu aulas de História em várias escolas do distrito da Guarda e, a partir de 2001 ingressou no EPE, Ensino de Português no Estrangeiro, mais concretamente na Alemanha, onde acabou por se especializar no ensino de português para lusodescendentes. Em 2009 voltou à universidade, desta vez para fazer uma especialização em estudos portugueses. Na Universidade Aberta tirou a Pós-Graduação em Estudos Portugueses Multidisciplinares e, em 2012, concluiu o Mestrado em Estudos Portugueses Multidisciplinares. A dissertação de mestrado versou precisamente sobre as expectativas e repercussões da chegada do comboio à cidade da Guarda. Em 2012 começou também a dar aulas de português a nível universitário e em cursos de português da VHS, “Volkshochschule” de Augsburg.

Atualmente mora em Munique e divide a sua atividade profissional de professor de português entre o EPE, nas cidades de Munique e Augsburg e o ensino universitário na TUM, Universidade Técnica de Munique e na UNIA, Universidade de Augsburg.

“1882, O Ano da Chegada do Comboio” é a sua primeira viagem pelo mundo da literatura.

 

 

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