Pitágoras afirmou que tudo era número, coisa que Leibnitz precisou melhor quando apresentou os seus nómadas. Tudo poderia ser entendido como um agregado de coisas simples, únicas e eternas. E se o tempo fosse também ele próprio número? As nossas vidas seriam agregados de momentos, imagens fixas, congeladas nesse tempo.
Tudo o que nos parece um contínuo de movimento provavelmente não será mais que saltitos de episódios que cirugicamente poderão ser retirados dum todo e analisados à parte.
A vida é com toda a certeza uma linha imaginária pontuada de instantes que nem se misturam nem se confundem. Viver não é mais do que uma projeção de slides estranhos, muitos sem sentido algum. O que os une não é uma história porque ela não existe mas antes a força que os projeta para um inevitável fim.
O autor nasceu em 5 de Julho de 1959. Viveu os anos 60 e 70 de século passado abafado na infância e na adolescência.
Licenciou-se em matemática Pura e mestrou-se em Matemática Aplicada. Acabou professor. Depois fez um curso de administração escolar e agora é director duma escola.
Adora ler. Fã de BD. Adora a música produzida entre o final da I Guerra Mundial e o dia em que nasceu.
Diz que se mandasse a filosofia faria parte dos curricula do 1,º ciclo do ensino básico. Quando leu o livro de Henlein “Um estranho em terra estranha” ficou a conhecer-se melhor.
Acha que tem um grande sentido de humor e é grande apreciador de comédias. Como professor fez muito stand-up comedy a dar a matéria.
Faz muita questão em passar despercebido.