Do que ficou na e da memória dos anos da Guerra Colonial de Angola (1961 a 74), eis um punhado de versos, ao longo deste livro, que não é mais do que um longo poema de vida na morte -, escritos num cenário de guerra tão difícil de descrever quanto de poetizar.
há o Silêncio em volta, quando, a seguir à emboscada, traiçoeira e mortífera, salta do peito a ânsia, misturada com o medo e a dor, em procurar saber dos que tombaram para sempre e sangram no meio do capim em redor de nós.
O poeta, e o guerreiro, como abre o livro assim o fecha, com ténues, mas firmes, lembranças de um amor, que o som da guerra teimou em desfazer, mas que o sonho, sempre o sonho que nunca o abandou, o manteve mentalmente saudável nesta dura travessia que lhe foi imposta.
Álvaro Giesta (Foz Côa, 1950), pseudónimo de Fernando A. Almeida Reis, viveu em Angola entre duas guerras – a colonial e a civil (61 a 75). Autodidacta nas coisas da escrita, desenvolve a sua actividade literária em vários sítios da internet. Co-fundador do jornal académico “O Baluarte”, de que foi editor e redactor principal, aos 16 anos no Liceu Nacional Norton de Matos, Nova Lisboa, Angola. Escreve, após a extinção deste jornal, no jornal académico do mesmo liceu, “O Grito”, que teve vida efémera, com o pseudónimo Moraes de Mello. Membro da União Lusófona das Letras e das Artes (ULLA), Cabo Verde; Membro da Associação Internacional de Escritores e Artistas, Brasil; Membro da Academia de Letras e Artes Lusófonas (ACLAL), Portugal. Colabora no Jornal ROSTOS, (Barreiro, Portugal), nas secções Poesia e Conto, sob o mesmo pseudónimo e com o seu ortónimo nas secções Livros e Opinião.