«Nas asas da imaginação», a poetisa, «grávida de escrita», voa «sem destino…».

 Procura «palavras luz / E muita emoção…».

 Tal como um pintor passeia as cerdas do pincel pela tela, faz deslizar a alma pela folha de papel, pintando «Realidades… Sonhos», à sua maneira.

 Encontra, no mar e «na cor verde», «força anímica / liberdade…», «paz, sonho, esperança…», «para os males espantar…» e, na «folha de papel», «impressões…» deixar…

Com o «pincel», pinta de verde a VIDA, «cristal brilhante», «poema em construção».

Veste «a(s) Vida(s) / De tons claros ou escuros / Intensos ou ténues», «com amor e esperança…».

 «O chilrear dos pássaros / o cheiro fresco da relva acabada de cortar / Despertam-lhe os sentidos», ansiando «ventos de mudança…», tal como as «verdes árvores», com os braços erguidos «para o céu…».

 Chegada a hora do primeiro parto, dá «à luz» VIDA(S), com emoção.

Oriunda de uma família beirã, nasce em Almada, em abril de 1957, Alice Rodrigues da Fonseca. Aos sete anos, migra para a Veneza Portuguesa, onde faz toda a escolaridade e ingressa na Universidade. Licencia-se em Línguas e Literaturas Modernas – Ensino de Português / Francês – licenciatura que conclui, em 1983, na Universidade de Aveiro. Casa-se, nesse ano, e acrescenta ao nome de baptismo o apelido Pereira.

Vive na vila de Cacia. Tem dois filhos (um casal) a trabalhar no seu país, que são o seu orgulho.

Pertence ao Quadro de Escola do Agrupamento de Escolas Rio Novo do Príncipe – Cacia, onde lecciona a disciplina de Português, ao 2º Ciclo.

Há trinta e um anos que abraça a sua profissão, de corpo e alma, não se imaginando a fazer algo diferente.

Adora a quietude do campo. Tem uma paixão pelas terras durienses e alentejanas, porém não pode viver longe do mar, do marulhar das suas ondas e do cheiro a maresia. Recentemente, apaixonou-se pela escrita poética.