Neste contexto de pandemia da Covid-19, nestes tempos de quarentenas e de confinamentos, nestes tempos de vidas do avesso e adaptações a novos hábitos, comprometi-me a publicar, na minha página do Facebook, um conto por dia. E assim fiz.
Encarei o termo quarentena no seu sentido histórico: quarenta dias. Quarenta contos em quarenta dias. O primeiro foi no dia seis de abril.
Alguns contos já haviam sido escritos noutros tempos. Outros foram escritos no próprio dia.
Uns, mera ficção; outros, relatos da minha vida; outros ainda, desejos e vontades que tenho.
Agora, junto-os aqui neste livro, para quem os quiser guardar ou reler.
Sofia Abrunhosa nasceu a 23 de dezembro de 1970, em Lisboa.
Em nova, gostava de desporto. Fez patinagem artística até às piruetas, ginástica desportiva até aos mortais e natação até atravessar o Mondego.
Na adolescência, ginasticou a língua e ferveu por ideais. Foi presidente de concelhia de uma juventude partidária.
Aos 17 foi, durante um ano, viver para os Estados Unidos.
Quando regressou, estudou Biotecnologia e depois Ciências Farmacêuticas.
Deu aulas, trabalhou em farmácias comunitárias e hoje dirige uma farmácia hospitalar. E gosta.
É uma pessoa de várias paixões.
Pela cozinha. Já aprendeu com bons chefs e cozinhar é, para ela, um prazer e um ato de grande amor.
Pela leitura. Pelas palavras escritas. Pelo papel. Desde que se lembra de si.
Casou, apaixonadíssima, para a vida. Divorciou-se.
Tem três filhos, que são os melhores do mundo. É madrasta, é irmã, é tia e madrinha. É filha e ainda é neta.