Se o tema da guerra colonial lhe diz algo, quer directa quer indirectamente, este livro poderá interessar-lhe.
Foi meu objectivo fazer um pequeno trabalho sobre as minhas vivências
no período da guerra colonial, procurando reunir alguns factos inéditos e outros que tiveram como consequência a continuação da guerra até aos dias de hoje.
É meu entendimento que a valia deste meu depoimento ( real) é mostrar as mazelas que vivem em muitos que tiveram de passar por cenários de guerra - guerra que continua a matar, pouco a pouco, em tempo de "paz": pelo álcool, tabaco e doenças (algumas ligadas ao stress pós-traumático), sem esquecer as crises de pânico que tanto limitam o dia a dia de muitos.
Por tudo passei.
Gostaria assim que estas vivências pudessem ser dadas a conhecer ao maior número de pessoas, já que considero injusto o esquecimento colectivo de que são vítimas os que lutaram (e continuam a lutar) e os tornam numa classe social "incómoda".
Serão para muitos os "coitados da guerra" e para uma maioria em crescendo uns ilustres desconhecidos .
António Francisco dos Santos Janeiro nasceu em Lisboa em 09 de Julho de 1951.
Licenciou-se em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e trabalhou durante 26 anos na empresa “Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, Lda” , nas Caldas da Rainha, onde exerceu as funções de Director Administrativo e Financeiro.
Para além dessas funções, elaborou candidaturas e respectivos estudos de viabilidade económica e financeira de projectos de Investimento para algumas empresas da região.
Também elaborou manuais e leccionou nas seguintes áreas: Organização de Empresas, Análise Transaccional, Elaboração, Controlo e Redução de Custos de Produção e Elementos de Aritmética .
Actualmente reformado, para além de ter como hobbies o modelismo e a pintura (como autodidacta), a salientar o seu gosto pela música, tendo participado nalguns espectáculos de âmbito particular, como amador.
A poesia sempre teve um lugar de destaque, tendo feito uma edição de autor em 1999. Tem continuado a escrever, esperando oportunidade para publicação dos seus poemas, onde considera que está “de corpo e alma”.