Quando os livros contam, são editados com paixão
Uma página em branco não é uma página muda.
Não é surda, porque aceita e compreende o que lhe disser e escrever.
Conto um conto, um poema, uma prosa de vida chorosa e brinco com as palavras.
E preencho as páginas brancas do livro que deixo brotar, e encanto e canto e danço e sorrio e choro sem parar. Porque a página em branco já não está só, mas tem muitas dezenas de outras como ela, e, tal como ela, brigam para ser a primeira de tantas que escrevi. Como são numeradas acabam a luta e aceitam a ordem que lhes quis dar. Tantas manhãs, tantas tardes, tantas noites a escrever, mas nunca foi em vão. Porque escrevi com amor o que queria que o meu livro vos contasse e quando os livros contam, são editados com paixão.
Alice S.