Este livro é um diálogo entre o passado e o presente.
É a recriação de uma atmosfera rural, onde não falta humanismo, espiritualidade, amor, determinação e inteligência para vencer a adversidade, seduzindo o leitor página a página.
O patriarca, homem obstinado, ameaça os filhos desde pequenos nesta casa quem não trabalha não come , para fugir à pobreza que o regime promove e exalta com o paradigma, pobreza e honradez. Essa irritabilidade tornará o leite azedo, matriz que lembra o realismo mágico próprio da literatura sul americana à Garcia Marquez.
No final, Gabriel pedagogo jubilado, convoca toda a família e amigos para voltarem à agricultura e lança o seu apelo que dá nome ao livro Terra: escuto!
Em uníssono, todos afirmam: somos guardiões do que aprendemos dos nossos antepassados , ou por outras palavras, como diz a pastora quando, finalmente, casa com Dinis: Abre-te comigo como se eu fosse terra .
José Lança Coelho
Nasceu na Benedita em 1947 e, aos 22 anos partiu para Lisboa onde se defrontou com um outro mundo tão diferente das estradas de terra batida, do cheiro a feno, das searas de trigo e onde os caminhos eram ainda iluminados pelo luar e pelas estrelas. Trabalhou durante quarenta anos e estudou na área da sociologia. Não sabe como aprendeu a tirar da vida, a vida que a vida lhe deu. É apaixonada pela leitura e pela escrita em prosa e em poesia Em 2011 recebeu um prémio de poesia. Este é o primeiro livro que publica.