Sinopse
ARCO-ÍRIS
Sequência de cores que descrevo
Nos amores, para mim de grande relevo
E que vem da luz, refletida em brilhos
De teus olhos, é de uma intensidade
nos meus, e de uma vasta imensidão
que me leva o coração a estar todo envolvido
na descrição de tais momentos,
lindos de cores, e porque não, sons
e sabores, são para mim de
uma eloquência!
MEU ESPELHO
Olho-me ao espelho, e o que eu vejo?
Um relampejar de um olhar,
Feliz com a vida, vejo-te em meu espelhar!
O teu sorriso no meu, agravando o amor
Com esses traços tão teus, que me
Enriquecem o conjunto do meu eu,
Vejo a mudança na idade que avança
Em riscos e manchas, pontos já
Sem outras mudanças, os cabelos
Sabidos de amor, admirados por tuas mãos
SÓ POR AMOR
Feliz é aquele que vê o amor, a toda a hora
Tem o seu cheiro, tem a quem dar uma flor
Como estar de paixão cheio, de sentir e poder medir
O seu olhar
O PEDIDO
peço-te um beijo
tu pedes-me um desejo.
Dou-te o desejado,
E dás-me o beijo
chantageado.
Fazes-me inventar
ODISSEIA DO AMOR
Dás-me cheiros
Dás-me o som da tua voz
Dás-me cores
Dás-me amores
Dás-me maresias
Com o tom
Da tua pele, tens medos
Das fantasias,
Dás-me certezas de todos os dias
Com a dança do bailar
dos teus olhos;
VII
Anos luz de amor percorremos:
Poeiras de beijos,
universo de fascínios, sombras,
dos teus cabelos enrolados
nos meus desejos, voávamos
estávamos na nublosa
do teu centro de gravidade
Victor José Antunes das Neves Camarate
Nascido na Malveira, num final de tarde de 9 de julho de 1956,
teve uma miscelânea em criança entre a Venda do Pinheiro e
a Malveira, terminando aí a sua adolescência.
Sendo o primeiro de quatro irmãos e uma irmã,
muito cedo abordou o mercado de trabalho,
casando com Esmeralda de Jesus Tomé Lopes,
com quem teve duas filhas, Cláudia e Liliana, e dois netos.
No contacto humano é contagiante e dele só tem boas memórias.
Toda a gente é gente e isso não lhe é indiferente, e julga-se amigo de todos.
Não lhe faz sentido a palavra inveja, porque diz: os atos são de quem os pratica.
Cedo se inspirou a contar a vida em poesia, dando ênfase ao sentido
dos seus escritos, inspirando-se muito no relato poético popular alentejano,
de gentes que do nada tiravam palavras da sua vida, romanceando a dor, a alegria
e o trabalho em poesia.
Fiel ao sentimento centrado na família, conduz-se na felicidade como um objetivo de vida,
empenhado em fazer respirar esse seu lado espiritualista, mas real, em iluminação numa vida
sempre assente num bem-estar familiar.
Duro de roer, o impossível não faz parte do seu vocabulário, tendo por lema: «amanhã vou ser mais feliz.»