O objectivo deste ensaio, O Tempo para lá do Tempo: Na conciliação de Universos, é proporcionar uma reflexão sobre o futuro da Humanidade tendo como ponto de partida questões actuais da Cosmologia, que levam alguns a pôr em causa certos aspectos do modelo cosmológico standard e a interrogarem-se sobre a existência de mais realidade, muito para além do conhecimento funcional da matéria e do cosmos. A inquietação deve-se a um défice de conhecimento da energia escura que conduz o Universo à expansão acelerada. Porque motivo está o Universo a expandir tão rapidamente?
 
Os físicos assemelham-se a marinheiros impossibilitados de entrar em mar aberto. Face ao grande oceano cósmico só conhecem 4% da totalidade sem conseguirem formular uma teoria do «Todo» que seja validada pela observação e experiência. Estão diante de algo só comparável à «noite escura», dos sentidos e do espírito, vivida e descrita por grandes místicos como São João da Cruz. A autora centra-se neste impasse para fazer uma outra abordagem no diálogo entre ciência e religião, perscrutando o Mistério.
 
Munindo-se de algumas explicações do astrofísico Stephen Hawking, na sua obra póstuma Breves respostas às grandes perguntas, ousa estabelecer uma espécie de diálogo entre Hawking e Agostinho de Hipona, que responde através da sua obra Tratado literal do Génesis. Nesta aproximação, entre Física, por um lado, e Metafísica e Teologia, por outro, a autora destaca a insuficiência das mais recentes teorias cosmológicas. Além de Hawking e Agostinho de Hipona, a autora socorre-se de outros autores, no âmbito da Física e da Teologia, para alimentar o diálogo entre os principais interlocutores.
 
Coloca, assim, o leitor diante de um quadro onde harmoniza o tema, matizando as fronteiras entre questões difíceis, como surgem na Cosmologia física e na Cosmologia bíblica. O presente ensaio não resulta de uma construção ficcional; pelo contrário, propõe-se ser uma plataforma de acesso a um melhor conhecimento da realidade. Mais do que deixar em aberto os eternos interrogantes existenciais, é preciso encará-los com objectividade, de modo a encorajar outras respostas possíveis. Nas grandes mudanças epocais, como a que estamos a viver, é necessário, portanto, conseguir ver mais longe, para além de tudo aquilo que consideramos já garantido.
Eugénia Tomaz nasceu em Lisboa a 1 de Setembro de 1957. Conjuga na sua actividade profissional a fisioterapia (em apoio domiciliário), as artes plásticas, a escrita e o ensino.
Como pintora realizou várias exposições individuais e colectivas: em Galerias, Museu de Arte Sacra e Etnologia – Fátima, Faculdade de Letras de Lisboa, Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, Convento dos Cardaes e II Salão Internacional de Artes Plásticas 2009 – São João da Madeira. Frequentou o Curso de Conservação e Restauro de Pintura no Instituto de Artes e Ofícios da Universidade Autónoma de Lisboa. Colaborou com a revista do Instituto de Artes e Ofícios da UAL, A Arte do Ofício.
No âmbito da literatura inicia a sua actividade como ensaísta no ano 2000. Conta com algumas publicações literárias: Arte Eterna – Uma Perspectiva transhistórica (Editora Rei dos Livros); A Moda e a Arte – Considerações para o Século XXI (Diel Editora); A Arte na Vida e nos Ensinamentos de Josemaría Escrivá (Editora Rei dos Livros); Ontologia da Imagem – Manual para o estudo da Teologia do Corpo (Editora Encontro da Escrita); Opus Dei Profundo – Desconstrução de um mito (Guerra & Paz Editores).
Na área da comunicação social, foi colaboradora do Jornal Diocesano de Lisboa Voz da Verdade, cerca de dois anos, e do Jornal da Santa Sé L’Osservatore Romano durante três anos, de 2010 a 2013. Neste último Jornal, destacam-se os seguintes artigos: sobre o encontro de Bento XVI com o mundo da cultura, em Lisboa; sobre o encontro do cardeal Gianfranco Ravasi com o mundo da cultura – no contexto do Átrio dos Gentios – em Guimarães; sobre Teologia do Corpo. Conta, ainda, com alguns artigos de opinião publicados na revista Grande Reportagem.
Tem realizado várias conferências com o objectivo de promover uma renovação de linguagens entre Ciência e Religião.