A história do pecado está indissociavelmente ligada à história da própria humanidade e revela-se, de uma forma ou de outra, nos textos sagrados de todas as principais religiões. A doutrina cristã, por exemplo, é particularmente extrema e afirma, na sua conceção do pecado original, que na sua génese o homem é pecado.
Mas o que é o pecado afinal? Por definição é uma ação deliberada contra as leis divinas mas, ao longo dos tempos, foi usado pelos poderes instalados como uma forma de tentar controlar a sociedade e condicionar as suas ações. Muitas vezes com objetivos meritórios – quem se atreveria a questionar a bondade da lei supostamente divina que determina que o homem não deve matar outros homens? – mas que, com demasiada frequência, teve na prática efeitos absolutamente nefastos.
N'O Livro de Todos os Pecados Alves dos Santos regressa à Poesia e propõe-nos, em relação a esta temática do pecado, um novo paradigma que tem tanto de divergente como de desafiante. Em onze partes distintas o autor apresenta-nos o Homem como um ser com uma predisposição natural para o Amor. Um Amor por vezes egoísta, tantas vezes incompreendido, nem sempre correspondido e raramente vivido na sua plenitude. Mas ainda assim Amor.
Um Amor que parte da inocência, mas que, nas suas deambulações através da essência da realidade humana, tem a capacidade de nos arrastar Inferno adentro ou elevar-nos a um Paraíso que tem tanto de desejado como de efémero.
Ao folhear este livro o leitor será levado por uma viagem de um Herói poético, capaz de cometer todos os pecados apenas para não cometer o único verdadeiro pecado. Atreva-se a fazer esta viagem que tanto nos lança na incerteza existencial como nos liberta para vivermos a Vida e o Amor o melhor que pudermos e soubermos.
Alves dos Santos nasceu a 4 de Fevereiro de 1978, na cidade sul-africana de Johannesburg, mas fez-se gente em Machico, terra onde os descobridores portugueses da bela Ilha da Madeira primeiro firmaram pé.
Aí fez os primeiros anos de escola, sempre rodeado de livros – uma paixão que despertou bem cedo, em forma de leitura compulsiva. Mas deixou-se igualmente encantar pelas ciências exactas, tendo prosseguido os seus estudos nessa área na cidade do Funchal e posteriormente ingressado no curso de Engenharia Eletrotécnica no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Foi sobretudo o choque com a saída precoce da sua Ilha e o confronto com a realidade, não raras vezes solitária, de uma metrópole como Lisboa que o fizeram passar da leitura para a escrita.
Alves dos Santos tem sido definido como um viajante da alma, um explorador dos enredos humanos e dos terrenos desconhecidos. Nas suas palavras encontramos a beleza de um âmago em efervescência, uma mescla de ar puro com aromas vulcânicos, mas sobretudo o retrato de um homem que vive em conluio com a descoberta, com a verdade e, acima de tudo, com a vida.
Tem várias participações em Antologias Poéticas e publicou em 2014 o seu primeiro livro a solo, intitulado Poemas de Amor e Outros Labirintos.
Alves dos Santos was born in 1978 in Johannesburg (South Africa), and grew up in Machico (Madeira), the site where the Portuguese explorers first set foot upon discovering that beautiful island.
He is a writer who is capable, both in his poetry and his fiction, of erupting courageously into the human spirit and drawing out its hidden truths, its doubts and its fears.
Through his written words, we come across the beauty of a compelling soul, a combination of pure air with volcanic aromas that unexpectedly sucks the reader into the characters’ lives. The reader is led through intimate transparency and a world of changing skies and light. Above all, in Alves dos Santos’ words we contemplate the portrait of a man living a conspiracy where discovery, truth and, in particular, life coexist.